domingo, 4 de julho de 2010

Tripeiro de copo e alma

São 6h da manhã. O Porto, cidade de todas as cores, está agora pintado de azul escuro. Um azul que se mistura com o amarelo das luzes das pontes e com o vermelho dos semáforos. É incrível como os corpos que se arrastam para casa observam intrigados (ou algo fascinados) a chegada dos pescadores à beira da ponte. Esses homens que se levantaram às 4h da manhã e que às 4h30 já estão a montar tudo para começarem a trabalhar. É incrível como eu, depois de uma noite de momentos tão raros, me sinto tão preenchida por toda esta beleza. Já nem o sono me pode parar.
Vi um grupo tocar música popular e, como sempre, apetece-me juntar-me aos velhinhos e dançar. Aliás, dançar é só mesmo o que me apetece fazer.
E por fim chego a casa, corpo cansado e a mente...bem a mente nem se fala.
Tudo do que me lembro é das luzinhas do bar, do extremo calor que se faz sentir nas ruas e do azul do céu. Tão misterioso quanto a própria cidade. Que não é branca, nem é negra. É de todas as cores. São várias cidades. Tudo numa só. É a mais bonita do mundo inteiro e enche-nos as medidas.
No Porto quando se sai por aí, nunca se está sozinho.

1 comentário:

  1. Saudades dessa cidade de mil cores. No meu quarto, junto a umas fotos tuas e outras felicidades, exponho um postal do Porto...

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