terça-feira, 6 de julho de 2010

Será que também dói a cabeça aos gatos?

Não me importava nada de ser gato. Vaguear por aí, caçar passarinhos, voltar para casa e ter uma janela ao sol e um prato de leite, uma taça com água fresquinha. Gostava que me deixassem dormir na cama dos meus donos sem ser enxotada. E gostava muito que me coçassem a barriga e as orelhas. Não queria crianças na família para não me puxarem a cauda nem me fazerem maldades, mas se fosse uma criatura simpática que dormisse comigo não me importava. Gostava de ser gato de casa mas que tivesse um jardim onde pudesse ir passear de vez em quando, saltar a uns muros e cheirar a Natureza. Volta e meia gostava de perseguir a minha própria cauda e de me divertir com basicamente qualquer coisa que se mexesse. Miava para receber festas e colo. Levava presentes aos meus donos. As minhas tristezas limitavam-se a não poder sair sempre que quisesse e aos meus donos não abrirem a persina de manhã cedo para eu apanhar solinho matinal. As minhas alegrias seriam infinitas (excepto em dia de veterinário) e era feliz. Provavelmente não me doía a cabeça todos os dias.
Sim, não me importava nada de ser gato. A aparência não importava já que os gatos sofrem da sina de serem todos bonitos. Mais pêlo menos pêlo....

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