sexta-feira, 29 de maio de 2009

Devaneios?

Já vos disse que vos adoro? Adoro-vos. E tenho tantas saudades. Há-de ser sempre assim. Já passei a fase de achar que não. Gosto que seja assim. As pessoas existem somente porque há pessoas que sentem a sua falta. Nem que seja no andar de cima. Nem que seja a 300km. Nem que seja noutro país. Nem que seja do outro lado do mundo. Disseste que já não sabias se eu existia realmente, e no entanto o facto de pensares em mim faz com que seja real.
Gosto de ter um cantinho meu, aconchegante, com vocês todos. Estava a pensar em Kings of Leon, Use Somebody. Será que nos usamos uns aos outros para nos sentirmos bem connosco e em sociedade? Será que há muito mais além do uso viciante e apaixonado que damos uns aos outros? Não me interpretem mal, por esta ordem de ideias diria que gosto de usar e ser usada, mas a verdade é que os outros fazem com que nos sintamos bem. Mas às vezes temos de ficar sozinhos. Fazer uma desentoxicação, talvez. E começar de novo, geralmente com as mesmas pessoas.
No entanto hoje não estou com dúvidas existenciais. Ando simplesmente a ver demasiado Sexo e a Cidade. Além do que, tenho muitas saudades vossas. Só isso.
Agora vou fazer a mala, ando há demasiado tempo a perder tempo. Viva Lisboa e a calçada portuguesa:)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

She's like a rainbow...

Sim. Tens razão. E a verdade é que nunca escrevi nada acerca do assunto. Toda a gente tem uma cor. Não entendo como há pessoas que não vêem cores nos outros. Para mim és Branca. Pelos vistos eu sou Amarela. Não sei. Nem acho que tenha a ver com algum aspecto de personalidade mas sim com uma espécie qualquer de aura que se transmite. E que faz com que tenhas cores diferentes para pessoas diferentes. Sei a cor de cada um de vocês para mim.
Às vezes é tão difícil crescer, habituarmo-nos ao facto de que as pessoas desaparecem da nossa vida e que por vezes é para sempre. Há, assim, cores que nunca mais vamos ver.
Ontem estava a caminho de casa com a minha mãe e vínhamos as duas a cantar músicas tradicionais, antigas. (..."quando eu era pequenino, acabado de nasceeeeeeer.........ainda mal abria os olhos, já era para te veeeeeeer"....). A minha mãe canta bem que se farta. Ela também é Branca. Será algo relacionado com o amor incondicional? Porque tu nem sempre foste Branca...engraçado...já o és há muito, porém.
O meu arco-íris do momento é este: Branca, Vermelho, Castanha, Amarela Torrada, Azul, Verde, Vermelha, Amarela-Vermelha, Vermelho...

"
She comes in colours everywhere, she combs her hair, she's like a rainbow, coming colours in the air, oh everywhere, she comes in colours"...





segunda-feira, 18 de maio de 2009

Se a tua vida desse um filme que tipo de filme seria?

A vossa vida tem banda sonora? Acho que todas têm. Quem nunca andou na rua com uma música incrível aos berros nos ouvidos e não se sentiu como se estivesse numa passerelle em que todos os que estão a ver nos acham o máximo e estão a ouvir a mesma música que nós?

Pois bem, se a vossa vida desse um filme que tipo de filme seria? Um filme indiano sem orçamento, com ursos, lenhadores, moçambicanos e escuteiros? Um filme comercial com montes de actores famosos? Talvez um filme alternativo mas cheio de patrocínios? Não sei.
Se a minha vida desse um filme era um musical. Mas daqueles que são só momentos e em que a banda sonora é incrível, assim ao estilo da do Lost in Translation ou da Marie Antoinette ou simplesmente de qualquer filme da Sofia Coppola que tem sempre as melhores BS da História. No meu filme a música não pára nem um segundo. E de vez em quando também aparecem All Stars.
Quando tive o acidente houve um momento, quando estava a voar em cima do carro, em que o mundo parou e só existia eu e o ar. Foram 5 segundos intermináveis. Não vi a vida toda à frente dos olhos nem nada que se pareça, aliás honestamente acho que isso não acontece a ninguém, mas não sei. Na verdade não vi nada mas simplesmente fiquei em paz. O que não deixa de ser curioso uma vez que estive perto de morrer e no entanto senti-me em paz. Música havia com certeza, só ainda não decidi qual era.

O meu filme resumir-se-ia a momentos musicados. E vocês são todos protagonistas porque no meu filme não há personagens secundárias. Tal como na vida.
O primeiro momento é na praia. Estamos as quatro de biquini em Vila Chã, os primeiros passos na boémia. A banda sonora original é Fiona Apple e Mamonas Assassinas. Com este último dançamos com vassouras. E corta.
Quero um momento em que esteja a dançar freneticamente com vocês todos. A banda sonora seria um misto de Mika, White Stripes e Arcade Fire. Não perguntem. A dança quero-a em câmara lenta, para se verem bem os sorrisos e os movimentos e as bebidas a saltarem dos copos.
Quero um momento em que esteja a ler. Tenho de estar a ler os Maias. A ouvir Nirvana também.
Quero flashes das viagens. "Should I Stay or Should I Go?". Quero flashes dos concertos todos. Quero Tricky para começar, já que foi o primeiro de todos. E depois os outros, aos bocadinhos.
Quero-me na Festa do Avante a ouvir o senhor que matou o polvo à paulada. Mas só eu é que sei que é isso que ele me está a contar, e a música é Clã.
Quero uma imagem do Euro 2004, eu e a Marina a beber Kalash e a música é Green Day.
Há um momento em que estou triste. Mas é só esse. A banda sonora é a "Black" e o "Hallellujah".
Há uma cena só com a Lua. A banda sonora é Pearl Jam também, mas não só. Neste caso a banda sonora somos nós a cantar "You're The One That I Want". Temos t-shirts verdes e repas, mas só nesta cena.
Há uma cena com o Luís, estamos a discutir títulos de músicas de forma muito acesa e de fundo temos Rage Against the Machine. Há outra em que o João está a passar por baixo das minhas pernas ao som de Beatles.

No fim do filme, ouvimos os The Killers a cantar "Exitlude":

We hope you enjoyed your stay
It's good to have you with us
Even if it's just for the day
We hope you enjoyed your stay
Outside the sun is shining
It seems like heaven ain't far away...

E é o Fim.
Gostava que a leitura deste post fosse acompanhada por Read my Mind dos The Killers. Foi todo escrito ao som dela. Mas também suponho que seja a minha Banda Sonora e que por isso talvez não faça grande sentido.

Só tinha um pedido a fazer. Queria que o Ricardo Araújo Pereira fizesse de mim, pode ser?








quinta-feira, 14 de maio de 2009

Estou além...mas onde?

Não gosto de tomar decisões. Pelo menos das difíceis. Às vezes só queria ir para longe, esconder-me em qualquer lugar bonito, onde só houvesse praia, mar, calor, livros, música e mais nada absolutamente. Dormir todos os dias até acordar sozinha mas nunca com dores de cabeça. Não ter fome nem sede. Não ter saudades de ninguém. Ser só eu.

Cheguei à conclusão que não é de férias que preciso porque ninguém precisa permanentemente só de férias. Na verdade acho que preciso é de refúgios permanentes dos sítios anteriores. Gosto imenso do António Variações. Acho que ele era genial, as letras dele revelam um entendimento do mundo e da realidade que toca a perfeição. Um homem sem instrução, que era cabeleireiro, que para o mundo, nessa fase, não passava disso mesmo, e que no entanto quando começou a compor provou ser um homem de uma inteligência superior. Há uma música dele que descreve o meu sentimento permanente, e sei que não sou a única a sentir-me assim.

"Estou além":

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só

Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só

Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou

As pessoas ouvem muita muita música, ouvem muitas letras, mas não pensam muito nelas às vezes. Isto revela exactamente aquilo que eu sinto a maior parte das vezes, queria não ser assim, mas nunca consigo. Isso atormenta-me. Penso muitas vezes que se calhar vou ser eternamente insatisfeita, e se for não posso fazer nada contra isso.

Verdade?

domingo, 10 de maio de 2009

Se não fossem os gostos, o amarelo era mesmo ostracizado?

Precisava de um lugar onde depositar pensamentos, como o do Dumbledore, sabem?, É um bocado assustador quando parece que já não há espaço nem sossego. Estive a pensar, fala-se muito de memória selectiva, sei bem o que é, mas no entanto ela não trabalha como devia. Se eu pudesse usar a minha memória selectiva a 100% seleccionava exactamente o que eu queria e apenas isso. Era a pessoa mais espectacular do mundo. E sempre que precisasse de levar um tabefe a minha consciência, ou seja a Lua, levava-me ao sítio onde eles estavam. Mas só às vezes, para que o resto do tempo fosse sossegadinho.
Mas acho que são as imperfeições que nos fazem ligar-nos uns aos outros. Há sempre algo a detestar nos outros, e a adorar também. Até o Rui Rio tem um excelente sentido de humor, e no entanto é um patife. Adoro a palavra patife, acho que nunca a usei antes.
Se pudesse fazer só o que me apetecesse ia desgraçar tudo, e o mais provável era ficar frustrada. O mais engraçado é eu saber disto e ainda assim tentar sempre fazer exactamente só o que me apetece. Não sei ser diferente. Da mesma maneira que nunca vou ter sardas nem olhos verdes nem ser morena e muito menos ser cantora.
Gosto de pessoas. Mas não gosto da estupidez. E tenho uma tendência terrível a achar os outros sempre muito estúpidos. Talvez fosse isso que me querias dizer naquele dia em que discutimos no carro:) É verdade, mas é isso que me faz tentar escolher bem os meus amigos. Para mim tu és perfeita.
E se eu nunca mudar?, E por mudar talvez queira dizer crescer?, Queria ser uma pessoa melhor e não posso porque sou sectária e intransigente. E no fundo gosto disso em mim. Estranho?

Preciso mesmo de um lugar que possa trancar e deitar a chave fora onde colocar isto tudo. Esta é uma experiência, se resultasse era mesmo bom.
Ainda assim adoro amarelo.

domingo, 3 de maio de 2009

Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há...:)

Ando pensativa. Já não é de agora, mas ando. E penso em coisas que me fazem tanto bem quanto mal. Penso como seria bom voltar atrás no tempo, o tempo preciso, até esse eu sei. Datas exactas para onde queria voltar. Sinto que desde aquele dia nunca mais me encaixei como devia, como todos os outros como eu voltaram a encaixar-se. Todos menos eu?
Na Galiza uma das maiores tradições é a existência da bruxa. Lá chamam-se "meigas", há-as em todo o lado à venda. O provérbio vem de lá, da Galiza. O Euclides sabe-o bem.."No creo en brujas pero que las hay hay". A minha conclusão é lógica e faz sentido. Fomos contagiados. Sabemos que nos veremos lá sempre, que sempre estaremos ligados àquele lugar.
Mas isso eu soube a primeira vez que lá pus os pés em miúda. Lembro-me que disse ao meu pai: "Paizinho, um dia vou viver aqui, tenho a certeza!".
É uma cidade pequena, Santiago. Tem uma praça principal que tem em frente a Catedral. Costumava ficar horas parada a olhar para ela. Às vezes o Euclides acompanhava-me no silêncio. Tem magia. Não sei explicar porquê, mas todos a sentem. Do lado esquerdo o hotel dos reis, por trás uma extensão de qualquer coisa governamental e do lado direito o início do casco histórico. A rua que atravessa o casco até à parte nova é essa. Mas o bonito é não seguir em frente, mas virar à direita ou à esquerda onde nos apetecer e entrar no coração daquela cidade. As paredes quase que respiram, têm muito para contar:) Se calhar é por isso que lá chove sempre, é preciso limpar tudo o que ali se passa, século após século ou simplesmente dia após dia durante seis meses, um ano, uma vida.
De frente para a Catedral, do lado esquerdo, há uma passagem coberta, toda de pedra que dá para a rua da Praça de Cervantes e que é onde os músicos tocam. A acústica é maravilhosa. A primeira memória que tenho dela é de quando tinha uns 15 anos e andava a passear sozinha por lá e ouvi um clarinete a tocar Hey Jude. Lembro-me que me encostei à parede em frente ao homem que tocava e fiquei ali parada muito tempo. Acho que foi aí que decidi que queria viver ali. Há dois anos quem lá tocava era o Chris, um americano muito simpático, que tocava Bob Dylan ou Nirvana ou Pearl Jam e tudo de que gostamos. Para ir para casa tinha de passar por ali e por isso ouvia sempre uma música bonita, ficavamos na conversa um bocado os dois e depois ia embora pela rua e ouvia-o ao longe. Gostava disso.

A Praça de Cervantes e a rua que lá vai dar tem os meus 3 sítios favoritos de Santiago. O primeiro, à esquerda logo, é o Albaroque. Um bar muito giro que tem uma decoração incrível e uns donos do melhor. Ali servem kalimocho com gomas, em vez de amendoins ou tremoços. Um litro de kalimocho e um prato de ursinhos vermelhos. É uma iguaria. Tinha também um rapaz à porta a entregar panfletos. Às vezes não trabalhava nada. Gostava disso.

A seguir, à direita, é a casa do Euclides. O Eucli vivia com a Jessica num último andar de um prédio incrível no coração da cidade. Era muito pequenino, o sotão. Tinha uma sala pequena e muito acolhedora onde havia um sofá, uma mesa redonda, que era onde jantávamos todos os dias os 3. Às vezes a Elena também vinha. Tinha também um fogão e uns 3 armários para louça e um frigorífico. Depois havia o quarto e a casa de banho. A coisa mais maravilhosa era a janela. Aberta era um quadro. Uma fotografia. Não sei bem. Tinha a vista mais bonita da cidade inteira.

Mais à frente, à direita, é o Agarimo. Um café simpático onde tocam uns senhores espanhóis que sabem músicas incríveis e têm vozes que fazem sorrir. Agarimo em espanhol significa Carinho.





(Santiago é uma cidade belíssima. Simpática e acolhedora. É daqueles lugares que gritam BEM-VINDO, AMIGO).



O meu tempo lá não se resumiu às pessoas incríveis com quem vivi e partilhei tudo. Há toda uma quantidade de detalhes, de pedras da rua que têm histórias minhas agora também. Os patos do lago em frente a minha casa. O campo de relva também em frente a minha casa onde os polacos se descalçavam para sentir a relva molhada nos pés e faziam piqueniques sempre que havia uma raríssima réstia de sol. A chuva. A muitíssima chuva. As ruas a subir. A livraria. A praça que tinha a sombra do peregrino e onde me sentava no chão a ler todos os dias. O Caminho. As tapas, e as pizzas médias. As rodas de capoeira. A minha varanda branca e estar lá na conversa com o Euclides e a Jessi, a Elena, o Josemar. Os passeios nocturnos. O meu guarda chuva cor de laranja.





Fui enfeitiçada!:)


















sexta-feira, 1 de maio de 2009

Viva nós

Chateia-me que as crianças não tenham imaginação. Quando nós eramos miúdos, (tudo bem que tivemos imensa sorte) nós voávamos. Podia ter de escrever sobre a coisa mais inenarrável possível, mas fazia-o sempre e bem. Nós, os que nascemos nos anos 80, tivemos os melhores desenhos aninados de sempre. Confirma-se que hoje as crianças são alienadas, torpes. Mas não nós! Ao sábado e ao domingo, pelas 7h, o Miguel acordava-me ou eu a ele, e íamos para a sala fazer maratonas de Korn Flakes sem leite e desenhos animados. Não chateavamos ninguém. Era só Tom & Jerry, Cavaleiros do Zodíaco, O Bocas, o Dartacão, o Dragon Ball , os Marretas, a Rua Sésamo, e sei lá eu que mais, mas era bom! Ao fim da tarde, como era lógico, tinhamos o Baywatch, esse belo mundo de cujos posters o meu quarto era forrado. O MacGyver, com quem todas queríamos casar, e até o Esquadrão Classe A que acho que se visse agora até me contorcia toda, mas de que gostavamos, claro. Assistimos também e com alegria ao nascimento do Super Mário, o primeiro jogo de vide, era a loucura total.
No outro dia pedi ao André, o selvagem mais selvagem de todos os selvagens que tenho de ensinar diariamente, que me fizesse uma composição sobre a sua viagem de sonho. Coisa básica, de 4o ano, porque o menino que é do 6o não sabe escrever. Depois de meia hora de gritos e lamentos porque "não sei, não consigo e quero lá saber'es" obriguei-o na base da ameaça e fê-la. E que nos disse esse menino que tudo de que gosta na vida é de jogos de computador e ler livros sobre a vida sexual mas só dos que têm muitas imagens? ("É oh stôra, eu não bou ler Os Cinco, que gránde seca, fuago, não tem images nem nada, é porque bou mesmo!!!").
Pois o que ele escreveu foi algo como "De manhá, a minha máe disse-me oh filho como tirastes boas notas os teus abós bõm-te lebar a disneilande e também bais receber uma paichaichen nos ános, fui á disneilande e foi muito fiche porque bi muitas coisas e foi assim a minha viajem chão!!"
Depois de várias tentativas a justificação foi que "eu escrevo como falo" (efectivamente, isto em alfabeto fonético talvez se fizesse uma coisa gira!), e que o "chão" final é na verdade o aluno a ser extremamente bem educado com a prof que é uma chata mas prontos, e a despedir-se dela. (Xau?!). Delicioso.
Ou seja, na verdade não sei que lhe faça, irrita-me profundamente e só serve para confirmar que não gosto de crianças, pelo menos deste tipo. Já agora, se este post tiver algum erro peço que me perdoem, é por osmose..
Mas voltando atrás, queria dizer que não me contenho de felicidade por ter sido previligiada e ter nascido quando nasci. Por ter tido tudo isto e viver com isso na memória. A maioria das coisas nem quero rever, para não destruir a minha infância, prefiro que fique tudo no baú das memórias e poder dizer confiança "Tive uma infância do caraças!!!". O que se confirma visto que tenho conversado sobre isto com vocês e sei que é geral.
Sabe bem!
Pois bem, a minha viagem de sonho? América Latina toda, uns dois anos se possível. Brasil, Cuba, Chile, Peru, Argentina, Bolívia, Uruguai....Menos Colômbia e Venezuela por medo, mas até aí gostava de ir. Ainda a vou fazer, tenho a certeza. Ai bou bou!!!