quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

The moment that you stepped into the room, you took my breath away

Gosto da sensação de encantamento viciante que se tem sempre que se experimenta alguma coisa pela primeira vez e se gosta muito.
Às vezes sonho que o tempo não passou e que continuo a passar férias loucas em Lisboa e apenas a disfrutar de uma inocência idiota que acha que aquele é o momento de viver e que realmente me faz feliz. Não é assim mas ainda bem, porque a minha vida tem agora uma ternura e uma quantidade de amor que não tinha então e que eu nem sabia importante.

Às vezes também sonho, mais acordada até do que a dormir, que a minha avó não morreu. Que nunca tive de juntar a um substantivo tao pequeno (mas de tão grande significado) tal verbo tão gigante quanto o vazio que me deixou. Não me digam que há a memoria. Não me digam nada. De que me serve tudo isso se não há um olhar e um amor tao incondiocional como este era. É. Não me digam nada porque nada há a dizer, a memória é gigante mas o vazio é incomportável.

Encontrei a cidade onde quero viver. A cidade perfeita e mais maravilhosa que existe. Ou para mim é, porque é a minha cidade.
Estou em crer que Barcelona, quando as pessoas estão a dormir, sai às suas próprias ruas para dançar e envolver-se na sua magia, para regozijar-se da sua beleza, da sua arte, do seu cheiro, da sua cor.
E bem pode fazê-lo.