segunda-feira, 20 de abril de 2009

O tal lado bom

Há três anos fui a Lisboa ver o grande Eddie e os Pearl Jam. O concerto foi maravilhoso,lembro-me que chorei como louca e só queria que não acabasse. Quando acabou, as meninas foram a casa e eu fiquei. A verdade é que, um bocado depois de toda a gente ter ido embora,nós ficámos por ali na parte de trás e o Eddie saiu lá de dentro. Não era nada a imagem que eu (ainda) achava que ele tinha,estava velho, ar cansado, bêbado, ou seja nós achámo-lo lindo e perfeito e fomos lá a ver se, pelo menos, lhe tocávamos. Tu abriste a boca 3 vezes mas não saiu som nenhum. Lembro-me perfeitamente de ficares especado quando estavamos a ficar mesmo pertinho e parecia que tinhas os pés colados ao chão, de boca aberta. Dei-te um empurrãozinho e conseguimos tocar-lhe. Ele foi muito simpático "Thank you, guys, thank you". Lembro-me da voz dele. Grave, quente, vinho do Porto, genial.Há histórias bonitas na vida,só espero nunca as esquecer. Às vezes sinto-me como o Edward Bloom, como se se eu transformar uma história em algo mesmo especial e a contar assim vai ser sempre mais emocionante e vai sempre durar mais no tempo também. A esta que contei não acrescentei nada, foi mesmo assim, e ainda bem.No Big Fish, quando o Edward está no circo e vê a mulher dos seus sonhos o tempo pára. É mesmo bonito, tudo fica suspenso no ar. Eu quero ser assim e ter amigos que são gigantes bonzinhos e viver numa cidade perfeita de tão linda onde não se podem usar sapatos. O mais perfeito desta parte da minha história? O Eddie compôs uma música para este filme. É o nosso filme favorito, a nossa banda favorita e nós estavamos lá,sempre estivemos lá,e o tempo sempre parou. Bom ou mau, foi mesmo assim.

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