quinta-feira, 10 de junho de 2010

Oh Lord won´t you buy me a colour tv?

Tenho andado num enorme conflito interior. Tão grande que nem me atrevo a dizê-lo em voz alta. Alguém pode ouvir e dizer-me o que quero ouvir e não me parece que isso fosse uma opção pacífica.
Sempre me considerei feliz, há sempre algo que me deixa esfusiante. Pequeníssimas coisas como tomar um pequeno almoço maravilhoso, ouvir uma música parola e saber a letra toda, chegar a casa e enrolar-me em gatinhas. Cair na cama e esperar ter sonhos infinitos.
Mas não hoje. Não agora. Não sou feliz. E não sei porque insisto em fazer coisas que me deixam assim. Porque deixo que me cortem as pernas. Não sei o quero. Sò sei que não é isto.
E penso, será que a minha avó aguenta o desgosto de saber que tantos anos mais tarde vou desistir de tudo? Que prefiro não ter trabalho fixo a fazer isto? Que vou desperdiçar tudo o que me deram? Mas não posso viver para sempre assim.
E eu sei que é triste dizer isto, mas a vocação é zero, o prazer ainda menos, tudo não passa de frustração, falta de paixão, falta de interesse, falta de gosto.
Nunca pensei só querer dormir, dormir até eventualmente acordar uns meses antes e refazer a minha vida e não ter de passar por isto.
Nunca pensei. E acho melhor nem pensar.

2 comentários:

  1. oh minha querida! tudo tem o seu tempo...e acredita que se a vida fosse de decisões fáceis não seria um desafio e morríamos logo à nascença...não sou a melhor pessoa para te dar conselhos nesta área, mas sei que "overthink" sobre algo...por vezes complica mais :)

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  2. o que eu acho é que daqui a aproximadamente 1 ano vamos estar a coversar sobre isto e tu vais dizer-me que cresceste com este período de merda (pardon my french), independentemente de teres acabado isso e ter dado frutos ou de estarmos a vender artesanato e a fazer térérés a turistas num sítio de espanha qualquer (porque decidimos que eramos muito mais felizes pobres, hippies e a cheirar mal...), até lá, tens de ser forte e continuar para a frente=) to sempre aqui*

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